domingo, 11 de dezembro de 2016

No RN mulher é acusada de matar bebê de 8 meses a pancadas na cabeça


para o dia 30 de janeiro de 2017 uma nova tentativa de se realizar a audiência de instrução e julgamento da dona de casa Josenilde Lopes de Mendonça. Hoje com 39 anos, ela é acusada de ter espancado e matado o próprio filho, um bebê de 8 meses.
O corpo de Ramon Ramalho dos Reis foi encontrado com marcas de espancamento no dia 9 de fevereiro de 2013 dentro de um apartamento no bairro de Nova Descoberta, na Zona Sul de Natal.
Segundo o Tribunal de Justiça, duas audiências chegaram a ser marcadas no ano em que o bebê foi morto, mas tiveram que ser adiadas para que a mulher pudesse se tratar. Josenilde é dependente de drogas há mais de 20 anos.

Quanto à audiência, o procedimento foi marcado para acontecer na 3ª Vara Criminal de Natal, no Fórum Miguel Seabra Fagundes, a partir das 9h30. Na ocasião, além de inquerir a acusada, o juiz Ricardo Procópio Bandeira de Melo também deve ouvir as testemunhas arroladas pelo Ministério Público e pela defesa da ré. Em setembro de 2013, durante a última audiência, o próprio magistrado concedeu liberdade a Josenilde, mas determinou que ela cumprisse medida cautelar de submissão obrigatória a tratamento químico-toxicológico. Na decisão, o juiz determinou ainda que Josenilde apresentasse à Justiça, mensalmente, laudo da evolução clínica.
20 anos de dependência
A medida cautelar foi aplicada tendo em vista que a ré é viciada em crack há mais de 20 anos e que a dependência química de Josenilde está diretamente relacionada ao crime. Segundo a polícia, o corpo de Ramon estava sobre a cama da mãe, enrolado em um lençol e tinha um grande hematoma no lado direito do rosto. O laudo do Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep) aponta que a causa da morte do bebê foi traumatismo crânio-encefálico. De acordo com o delegado Sílvio Fernando, responsável pela investigação do caso, o traumatismo, provavelmente, foi causado por um soco.

Em depoimento à polícia à época da prisão, Josenilde admitiu que é usuária de drogas desde os 14 anos e que já foi internada 31 vezes para tratamento de dependência química em casas de recuperação em Fortaleza (CE), Recife (PE), João Pessoa (PB) e São Paulo (SP).
Ré confessa
Josenilde chegou a confessar que cometeu o crime à reportagem da Inter TV Cabugi. “Estou arrependida e espero o perdão de Deus”, disse ela. No entanto, a defesa da acusada nega que ela tenha matado o filho.
Entenda o caso
O filho de Josenilde foi encontrado morto no dia 9 de fevereiro de 2013. Foi um sábado de Carnaval. O pai da criança, Ramon Ramalho, que na época estava em Limeira, no interior de São Paulo, cobrou justiça para a morte do filho. "A droga e a negligência acabaram com a vida do meu filho", disse ele ao G1.

Fonte: G1RN