Nossas atitudes representam a força dos músculos que nos conduzem pela estrada da vida em suas retas, curvas, aclives, declives e abismos que são definidos pelo próprio relevo da existência. São as nossas crenças e esperanças que nos permitem traçar o caminho a seguir pela combinação da razão e da emoção, da sinergia entre consciência e subconsciência . Quando impomos nosso entusiasmo na jornada, a ação se manifesta, absorvendo energia do Universo infinito convertendo pensamento em ação, tal como a síntese do ATP a nível biológico, onde células são conduzidas por impulsos elétricos proveniente do pensamento, convertendo energia química em energia cinética de movimento rumo a metas e objetivos.
Em alguns momentos é preciso prudência para refletirmos sobre as escolhas a serem feitas nas várias ramificações da estrada da vida em noites tenebrosas, ás vezes, até com tempestades de lágrimas oriundas de nossas dores, reflexos de decepções e frustações. No entanto, estrelas brilhantes e cintilantes nascem a todo momento no universo da nossa existência, anunciando novas perspectivas e oportunidades, mesmo que, em muitos momentos não possamos vê-las, perante as nuvens das dúvidas e dos medos.
O segredo da felicidade é ter a consciência de que, apesar de noites escuras, o amanhecer inevitavelmente virá, por mais longa e difícil que sejam as circunstâncias da jornada. Não podemos alterar o ciclo natural das sucessões das noites e dos dias, porém, temos que ter a serenidade e o discernimento necessários para compreender essa incrível e imprevisível jornada que é traçada por cada um de nós, em cada escolha, em cada decisão, em cada instante que encararmos intensamente o nosso presente que,se constitui o construtor do nosso futuro. É o agora, é o hoje que define a criação da estrada que seguiremos. Existirão abismos ? Existirão curvas ? Claro que sim. Que graça teria uma estrada reta ? Pois, é nos abismos e nas curvas que novas paisagens surgem e nos permitirá aprendermos cada vez mais a manejar a direção de nossos sonhos e alteração das marchas da vida, ora impondo força e firmeza , ora impondo velocidade em um perfeito equilíbrio regulado pelo motor das nossas vontades e desejos, alimentados pelo combustível da ética e da moral.
Sabe-se que o americano Charles Goodyear, por volta de 1830, confirmou “acidentalmente” que a borracha cozida a altas temperaturas com enxofre, mantinha suas condições de elasticidade no frio ou no calor. Estava descoberto o processo de vulcanização da borracha que, além de dar forma ao pneu, aumentou a segurança nas freadas e diminuiu as trepidações nos carros. Em que terreno você está se movendo agora ? Duro como um asfalto ou mole como a areia de uma estrada de barro ? Quando os fabricantes procuraram um material adequado para os pneus de um carro, achavam que o melhor material deveria ser rígido e forte , pois um material elástico e fraco não aguentaria os obstáculos do caminho. A experiência “acidental ‘ de Goodyear ,percebeu que a vulcanização da borracha, permitira que o pneu fosse rígido em alguns momentos e flexível quando precisa, deformando-se de acordo com as condições do terreno, tal como, nosso comportamento perante os desafios e obstáculos da vida. A isto chamamos de resiliência, ou talvez, a matéria prima do maior tesouro da vida, a felicidade.