A Polícia Civil prendeu, pela terceira vez
ontem (31), o sargento Carlos Ferreira de Lima, suspeito de participação na morte do
advogado Antônio Carlos de Oliveira. O policial militar tinha sido detido por
força de um mandado de prisão, mas o advogado tinha usado um alvará de soltura
referente à outra prisão para conseguir libertar o cliente.
O sargento Carlos Ferreira foi preso a
primeira vez ainda no mês de junho, no dia 21, mas ganhou liberdade provisória
através de um habeas corpus e tramitava em segunda instância o julgamento
definitivo do pedido de liberdade. Por coincidência, o Tribunal de Justiça
julgou favoravelmente ao alvará de soltura, na última terça-feira (30).
No entanto, o juiz Ricardo Procópio, da 3º Vara Criminal, tinha expedido outro mandado de prisão preventiva. Em sua decisão, o magistrado chegou a afirmar que a liberdade do policial militar representava um “risco para a paz social”.
No entanto, o juiz Ricardo Procópio, da 3º Vara Criminal, tinha expedido outro mandado de prisão preventiva. Em sua decisão, o magistrado chegou a afirmar que a liberdade do policial militar representava um “risco para a paz social”.
Ontem, ao perceber que o sargento Carlos Ferreira tinha sido solto de maneira irregular, tendo em vista que o alvará de soltura não era referente ao novo mandado de prisão, os policiais da Delegacia de Homicídio, comandados pela delegada Karla Viviane, foram mais uma vez realizar a prisão do policial militar, lotado no 11º Batalhão. O sargento Carlos Ferreira é um dos indiciados pelo assassinato do advogado Antônio Carlos de Oliveira, morto a tiros em maio deste ano.
A delegada Karla Viviane, que efetuou a prisão,
declarou que vai entrar com uma representação junto à OAB, para que seja
apurado se o advogado Júnior Smith, que defende o sargento Carlos, agiu de má
fé ao usar um alvará de soltura referente a outra prisão do cliente. Ela chegou
a declarar que a atitude trata-se de uma falta de respeito para com o trabalho
da polícia.