O palavreado é chulo
– vai ter merda no ventilador – mas é esse mesmo o sentido das
palavras da governadora Rosalba Ciarlini (DEM) ao ser entrevistada nesta
quarta-feira (18) no Jornal 96 da 96FM pelo
jornalista Diógenes Dantas. Ao dizer que sofreu uma “uma cassação
branca” por não ter direito a legenda para concorrer a reeleição, a
governadora do Rio Grande do Norte foi taxativa ao lembrar uma letra de
música interpretada pela cantora Alcione:
- Nada como um dia atrás do outro
Tenho essa virtude de esperar
Eu sou maneira, sou de trato, sou faceira
Mas sou flor que não se cheira…
Pois
muito bem: O presidente nacional e estadual do DEM, senador José
Agripino Maia, ao negar a legenda a Rosalba Ciarlini para que ela
pudesse concorrer a reeleição, certamente não sabia da “briga” que
estava comprando, sobretudo com o marido da governadora, o
secretário-chefe de Gabinete, Carlos Augusto Rosado, mais conhecido como
o bruxo Ravengar desde os tempos em que era deputado estadual e fiel
escudeiro de Agripino Maia.
Agripino trocou o apoio a reeleição da
governadora pelo apoio a candidatura do presidente da Câmara, Henrique
Alves (PMDB), pré-candidato a governador. O DEM, de Agripino, vai
coligar na proporcional com o PMDB dos Alves. Tudo isso para tentar
reeleger seu filho, deputado federal Felipe Maia. Ocorre que a família
Maia poderá pagar um preço muito alto por isso.
A decisão da
governadora Rosalba Ciarlini em participar do pleito, mesmo não estando
na disputa, já sinaliza que algumas das verdades que não foram ditas até
agora, ou que pelo menos não chegaram ao conhecimento público, podem
vir à tona.
A governadora garante que vai participar do processo
eleitoral de outubro, mas pede aos amigos que tenham paciência e esperem
as convenções para ver o que vai acontecer.
- Ainda no seu blog,
o ex-deputado federal, Ney Lopes de Souza (DEM), já adianta o que
poderá ser a campanha no Rio Grande do Norte. Em tempo: Ney Lopes e seu
grupo político estão do lado da governadora Rosalba. Eis o que tem no
seu site:
- Todas as etapas da Convenção do DEM-RN foram
“conduzidos” e “monitorados” à distância pelos candidatos Henrique
Alves e Wilma de Faria para eliminar na disputa de 2014 a “chapa puro
sangue” de Rosalba Ciarlini à reeleição, Leonardo Rego para vice e Ney
Lopes ao Senado, todos do DEM-RN.
Eles temiam a concorrência nas urnas.
Henrique e Wilma montaram um esquema de pressão política e econômica, jamais visto na história política do estado.
Verdadeiro “rolo compressor”!!!
E eu ratifico o título deste Editorial: vai ter merda no ventilador.
A conferir!