sábado, 8 de outubro de 2011

No afunilamento apenas dois candidatos vão até o final e todos com as mesmas chances de vencer, como se viu na última eleição em Lagoa Nova.
Raul Seixas dizia na letra de sua música Cowboy fora da lei que não queria ser prefeito, dizendo que não precisava provar nada e temia ser assassinado. No entanto em Lagoa Nova ocorre o inverso, todos querem ser prefeito, a maioria querem provar alguma coisa e apesar do clima esquentar em época de eleições com brigas e picuinhas políticas, nenhum teme ser assassinado.
       A vontade de governar a cidade fica evidenciada em todos aqueles que exercem algum tipo de poder, seja político ou principalmente financeiro. Estando a pouco menos de um ano das eleições municipais crescem as articulações dos pretensos candidatos e suas exposições na mídia e nos locais de eventos públicos são constantes. Os que já exercem mandatos demonstram uma vontade tácita de disputar a reeleição, salvo à vaga de prefeito, em que o atual titular Erivan Costa das Obras Inacabadas não pode concorrer.
Dos que exercem mandato a maioria dos vereadores deverão concorrer a mais uma legislatura. Apesar de que alguns vereadores deverão encontrar rejeição, muitos acabam se reelegendo. Sempre é assim, os eleitores dizem que este ou aquele vereador não fez nada, mas chega na hora da votação os reelegem. Também tem razão, vereador não consegue muita coisa mesmo, o máximo que fazem é oferecer apoio incondicional ao prefeito e depois ficam a circundar o chefe do executivo com um pirex na mão pedindo ajuda para sua base eleitoral. Muitos esquecem até mesmo de uma das suas funções, que é a de fiscalizar os atos do poder executivo.
Contudo, ao cargo majoritário a imprensa tem noticiado o desejo de quatro pré candidatos , no entanto até agora alguns deles apresentam um comportamento tímido, trata-se de pessoas carismáticas, mas apesar de estarem sempre ligados aos eventos públicos eles não tem demonstrado publicamente a condição de pré-candidato. Aliás, este tem sido o comportamento de muitos outros que estão loucos para sair como candidato mas não tem coragem de assumir publicamente, seja por medo de se “queimar” ou talvez para não criar ciúmes dentro de seu grupo político.
Assumir a intenção de ser candidato é diferente de fazer campanha extemporânea. Importante que fiquem atentos à Justiça Eleitoral, ela já deve estar de olho nos apressadinhos que tentam atropelar o processo e se lançar candidatos antes do prazo legal, eles podem estar incorrendo em crime de propaganda eleitoral fora de época. Os afoitos poderiam estar sendo denunciados pela sociedade, pelo Ministério Público ou por algum partido político e podem ser condenados a pagar multas ou até ficar inelegível para 2012 por campanha fora de época.
É evidente que deve respeitar a escolha do partido ou do grupo político que faz parte, mas demonstrar coragem de assumir e encarar o povo, mesmo um ano antes estaria mostrando a todos que nada temem, e estaria dando um tempo suficiente para o povo sabatinar sua capacidade.
São muitas as oportunidades que aparecem para se promoverem, para isso basta fazer parte de um grupo que está no poder, seja municipal ou estadual, isso se comprovou nos vários eventos públicos promovidos como a Festa do Padroeiro de nossa cidade São Francisco  em que sua arena mais parecia um showmício.
A mídia tem divulgado diariamente o nome de várias pessoas interessadas em governar Lagoa Nova a partir de 2013 e aí estão alguns deles:
Cortez Assunção, que já exerceu o cargo de vereador /presidente da câmara,Genilson Pinheiro que já foi prefeito  de Lagoa Nova entre os anos  1989 a 1992. Gracinha Dantas que foi primeira dama do município  no período de 1997 a 2004 e João Maria que é exerceu o controle da secretaria de finanças do município desde 2005.
Destes nomes que já estiveram relacionados em alguns jornais, podemos observar um fato curioso, muitos dos querem se candidatar, vale-se dos requisitos financeiros que possuem, ou seja quer ser prefeito porque tem dinheiro. A maioria não tem afinidade com a massa, com o povão, não frequentam lugares popularmente habitados por pessoas sem poder aquisitivo, são pessoas interessadas apenas na promoção pessoal, na fama e poder que o cargo oferece. Isto fica evidenciado se analisar a vida pública desses pré-candidatos. Muitos nunca desenvolveram qualquer atividade em prol da comunidade, não tem o costume de praticar atos de caridade, ações, doações ou serviços voluntários voltados para os necessitados. Jamais participaram ou se preocuparam com os problemas da sociedade e querem ser prefeito interessados na fama, por vaidade pessoal, não tem interesse na melhoria de vida do povo lagoa novense. Aí é que está o problema, haja vista que o contato diário do prefeito com pessoas oriundas da classe baixa é inevitável.
Vale lembrar que para ser prefeito não adianta apenas ter dinheiro, tem de ter carisma, mostrar competência, ser um “homem de presença” e ter simpatia para conquistar o povão, o que a meu ver, falta em muitos desses que postulam candidatura. Advertimos que o atual prefeito iniciou sua campanha vários anos antes, sempre participava dos assuntos de interesse público, era simpático com todas as camadas sociais, foi presidente de associação e à propósito, era quebrado.
O que é mais importante é que Lagoa Nova deverá ter cara nova, não será administrada por Souza Costa  por impedimento legal à disputa. e os Dantas.
Isso poderia mudar a forma de fazer política numa cidade que a décadas esteve dividida em dois grupos políticos. Antes eram Erivan x Dantas.
Nos embate direto entre os dois, Erivan está em vantagem pelo placar de 2 a 1, perdeu em 2000 na época quem concorreu como foi o Cortez Assunção, venceu Geraldo esposo de Gracinha.
Foi a abertura destas possibilidades que tornou o cenário político lagoanovense pulverizado por pretensos candidatos. Com isso a probabilidade de chances de uma terceira via política cresceu e tudo indica que a disputa que antes era praticamente entre dois grupos devem aumentar e teremos três  grupos políticos disputando com chances iguais o processo eleitoral. Isso engrandece a disputa, deixa a população com mais opções de escolha enriquecendo a democracia.