Um dos grandes nomes da música brasileira, Luiz Gonzaga
completaria 100 anos nesta quinta-feira (13). O legado do cantor perdura até os
dias de hoje e suas canções estão imortalizadas na história do País. Expoente,
Gonzagão levou para o restante do Brasil as histórias da caatinga, acompanhado
de sua sanfona, com relatos da vida no Nordeste.
Valorizar a
pureza de um terreno sofrido e acidentado em pouco mais de seis estrofes é
apenas um dos feitos do rei do choro e do baião. Batizar este retrato de “Asa
Branca” e fazer dele uma das canções mais populares do Brasil também está no
currículo de Luiz Gonzaga. Um dos responsáveis por lapidar e
difundir a música popular brasileira, o ilustre cantor e compositor
pernambucano completaria exatos 100 anos de vida em dezembro de 2012.
Nascido em Exu, no interior de Pernambuco, Gonzagão enfrentou
muitos percalços ao longo de seus 60 anos de carreira. Ainda jovem, deixou sua
cidade desiludido depois de perder o amor de Nazarena, filha de coronel que não
simpatizava com ele. Depois de passagem pelo exército, o cantor largou a farde
para seguir seus sonhos no Rio de Janeiro. Bastou uma apresentação no programa
de Ary Barroso, com a instrumental Vira e Mexe, para cair no gosto popular.
O Rei do Baião encontrou no
cenário do interior do nordeste brasileiro o material necessário para
desenvolver sua poesia. Mesmo a 23 anos de sua morte, em 1989, o músico ainda
tem sua obra vivíssima nas apresentações de seu neto e de inúmeros outros
artistas. A Asa Branca é celebrada como uma das maiores canções
brasileiras. Filho de Gonzagão, Gonzaguinha também se encontrou na
música. Neste ano, a história de Gonzagão e Gonzaguinha virou filme: Gonzaga –
de Pai para Filho. Sucesso de público, o filme já foi visto por mais de um
milhão de espectadores no Brasil.