sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

LAGOA NOVA ... E SEU CHEIRO DE CAJU!

Toda vez que adentro na cidade, principalmente nos "em frente ao cemitério São Francisco", me vem à mente a memória olfativa do cheiro de caju. Isso mesmo, a cidade pode ser percebida também pelos seus cheiros. Em Lagoa Nova, o da maresia se sobressai por maus cuidados com a nossa "lagoa origem" sua condição fedentina periodicamente, mas, difícil esquecer o cheiro agridoce de caju que impregnava a entrada da cidade, desde muito antes desde de o início da cidade e terminava na Fábrica de Caju (A CAGERAL) localizada na fazenda baixa grande a cinco quilômetros da sede da cidade.
No entanto, as constantes safras ruins do produto ocasionadas por invernos irregulares vêm diminuindo para mim a sensação olfativa de que falei antes. Além disso, a economia da cidade também sofre, posto que, a castanha do caju era um de seus pilares. Não à toa, o caju (pedúnculo e castanha)fez a nossa cidade ser conhecida em toda as regiões como uma das maiores produtoras do fruto e da castanha.
Pois é, os cajueiros copados de cajus, cada vez mais fica difícil de se ver, de colhê-los dos galhos fora da cerca, de brincar com castanhas. Isso mesmo, a temporada dos cajus animava muito as brincadeiras infantis, cujas castanhas era uma espécie de moeda de troca. Quase tudo era disputado com castanha, além do velho jogo de calçada onde se colocava uma castanha avantajada no pé da parede e, da beira da calçada os participantes do jogo impulsionavam outras castanhas com os dedos tentando acertar o alvo, vencendo quem derrubasse primeiro a grande castanha.  Caju e Castanha é até nome de dupla de emboladores. Contudo, a dupla imbatível de cheiros continua na minha memória - a do caju que impregnava a entrada da cidade e a da castanha assada no quintal, em cima de um pedaço de flandres, do fogo apagado com areia. E você, que memória tem desses tempos?!