No Rio Grande
do Norte foram registrados 127 homicídios só no mês de janeiro deste
ano. O dado é do Conselho Estadual de Direitos Humanos, e é semelhante
ao mesmo período no ano passado, quando foram registrados 129 crimes.
Entre as cidades com maior número de assassinatos estão, Natal,
Parnamirim e Macaíba, na região metropolitana, além de Mossoró, na
região oeste do estado. Em média, estão sendo cometidos 4 assassinatos
por dia no Estado.
Só na capital
foram registrados 42 homicídios. O Conselho realizou um balanço dos
crimes cometidos por bairros de Natal. As zonas Norte e Oeste, ainda são
consideradas as mais violentas. Na norte foram 16 assassinatos, com
destaque para o bairro Nossa Senhora da Apresentação, com sete crimes. Na
zona Leste de Natal foram registrados 16 homicídios. O bairro mais
violento neste mês de janeiro foi Felipe Camarão, com 6 pessoas
assassinadas.
A região Leste
do Rio Grande do Norte é apontada como a mais violenta, com 77 crimes.
Em segundo vem a região oeste com 28 homicídios. Em Mossoró foram
registrados 10 crimes, enquanto em Assu já contabiliza 8. Em terceiro
vem a região central, onde 13 crimes com mortes estão distribuídos em 10
municípios. Por último, na região Agreste foram 8, sendo metade deles
apenas em Santa Cruz.
Segundo Marcos
Dionísio, presidente do Conselho Estadual de Direitos Humanos, 2014 deve
ser mais violento do que em 2013, quando foram registrados 1.636
assassinatos. “O governo do estado não apresenta qualquer política de
investimento no setor de segurança pública, como aconteceu no ano
passado. Já ouvi muito falar que o estado vai criar o departamento de
homicídios e até hoje nada. Que vai colocar mais policiais na rua e até
agora não vi mudanças. Espero que este seja realmente um ano diferente,
mas pelo andar da carruagem, não vejo diferença do ano passado”,
afirmou.
Os dados
mostram que a maioria dos crimes são motivados por acerto de contas e
caracterizam-se execução, bem como o alto índice de jovens envolvidos.
“As drogas e a criminalidade em geral, ainda são as principais alavancas
motivadoras desses crimes, o Governo do Estado não pode adiar mais a
modernização da Polícia Civil. O setor de investigação principalmente,
deve mapear as regiões mais críticas e assim ter acesso de onde vem
essas armas e drogas, que chegam com tanta facilidade nas mãos da nossa
juventude”.
A ausência de
gestão, saúde e educação nas regiões mais periféricas de Natal e região
metropolitana são apontados como grandes icentivadores desse alto
índice, segundo Marcos. “Falta saúde, educação, iluminação pública,
faltam policiais nas ruas, faltam equipamentos básicos e modernos. Eu
tenho esperança dessa situação melhorar, mas o governo não mostra
capacidade alguma de eleger prioridades para o setor de segurança
pública. A modernização das Polícias Cilvil e Militar, devem ser
prioridade para que 2014 não seja mais violento que 2013”, finalizou