O
polêmico debate sobre a legalização da maconha, que já alcançou a pauta
dos políticos em Brasília, chega à Universidade Federal do Rio Grande do
Norte (UFRN) através da realização do ‘V Ciclo de Debates
Antiproibicionistas – Drogas, diversidade e globalização: a legalização
que queremos’, que se estenderá de hoje até sexta-feira (14). Um dos
temas a serem discutidos entre a comunidade acadêmica é a mesa redonda
‘O uso da cannabis no setor II da UFRN’, assunto que causou estranheza
em diversas pessoas e autoridades.
Apesar de
a discussão se arrastar há anos entre intelectuais e mesmo nas ruas, o
debate sobre a liberação do uso da cannabis – nome técnico da erva
popularmente conhecida como maconha – ainda choca algumas pessoas,
principalmente quando relacionado a um ambiente acadêmico. Marco Bruno
Miranda, juiz federal e professor da UFRN, utilizou sua conta em uma
rede social para expressar sua indignação com a proposição do debate.
“Não
compreendo, sinceramente, como uma instituição se presta a discutir com
os infratores da lei a própria infração. Questionar a lei é legítimo,
desde que ela seja cumprida até que revogada. É um princípio de
convivência democrática”, disse, destacando o fato de que no Brasil não é
permitido consumo, comercialização ou distribuição da maconha.