quarta-feira, 21 de maio de 2014

INVESTIGADOS DA OPERAÇÃO "LAVA JATO" CONTINUAM PRESOS ...




O ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki reconsiderou decisão e manteve 11 presos pela Polícia Federal na Operação Lava Jato que mandara soltar. Com a mudança, segue preso o doleiro Alberto Youssef, acusado pela Polícia Federal de comandar um esquema de lavagem que movimentou R$ 10 bilhões e teria ramificações em partidos como o PT, PP, PMDB e Solidariedade.

O ministro mandou que as oito ações penais que resultaram da Operação Lava Jato sejam enviadas para o Supremo. O único preso que foi liberado pelo ministro foi o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. O ministro decidira soltar todos os 12 presos da operação por considerar que o juiz federal Sérgio Moro havia invadido a competência do Supremo ao manter a investigação após aparecerem nas interceptações deputados federais como André Vargas (ex-PT) e Luiz Argôlo (Solidariedade-BA).

Como deputados gozam de foro privilegiado, só o Supremo tem o poder de conduzir investigações criminais contra eles. Moro, no entanto pediu explicações sobre o alcance da decisão, já que alguns doleiros presos estavam envolvidos com tráfico internacional de drogas. Um dos presos citados pelo juiz, Rene Luiz Pereira, é acusado de envolvimento com o tráfico de 750 quilos de cocaína para a Espanha e a lavagem do dinheiro resultante desse crime.
Moro é um dos juízes federais com melhor trânsito e prestígio dentro do STF por ter auxiliado no julgamento do mensalão, em 2012. Ele trabalhou com a ministra Rosa Weber, especialista em direito trabalhista e pouca familiarizada com lavagem de dinheiro. A ministra convidou o juiz porque uma das questões centrais do mensalão era lavagem de dinheiro, tema sobre o qual Moro é considerado uma autoridade no país.