O governador de
São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou na última segunda-feira (12)
que seu colega José Serra seria “um ótimo nome” para ocupar a vaga de
candidato à vice-presidência na chapa de Aécio Neves.
“Seria um ótimo
nome, mas quem o escolhe o vice é o candidato da aliança”, afirmou o
governador paulista depois de um evento em Guarulhos, na região
metropolitana.
Apesar da
declaração, integrantes do comando nacional do PSDB garantem que o tema
nunca entrou em pauta na sigla e dizem que consideram “remota” a chance
de uma aliança da dupla, que até recentemente disputava espaço dentro do
partido.
A bancada
tucana no Congresso também nega que a tese de uma dobradinha tenha
entrado em discussão. “Nunca vi esse assunto ser discutido pela bancada
ou pelo Aécio”, afirma o deputado Antonio Imbassahy, líder do PSDB na
Câmara.
Aécio tratou de
esfriar o debate ao chamar na semana passada de “especulações naturais”
uma eventual escolha de Serra como companheiro de chapa. O senador
mineiro, que também é presidente nacional do PSDB, disse ainda que está
acompanhando “pela imprensa” os rumores. A iniciativa de acrescentar o
nome de Serra na chapa tucana partiu de aliados do próprio ex-governador
de São Paulo. A prioridade do grupo de Aécio, no momento, porém, é
tentar garantir o apoio do governista PP — a vaga de vice foi oferecida
para a legenda. O plano B é indicar o senador paulista Aloysio Nunes
para o posto. Serra não foi localizado ontem para comentar o caso.
Aécio e Serra
têm uma rivalidade antiga, que surgiu quando o ex-governador paulista
disputou o Palácio do Planalto nos anos de 2002 e 2010. Aliados de Serra
reclamaram que o mineiro não se empenhou no projeto nacional, mantendo o
foco apenas no seu projeto mineiro. Os aliados de Alckmin tiveram o
mesmo problema em 2006, quando o hoje governador de São Paulo disputou o
Planalto. Naquele ano, os tucanos mineiros chegaram a incentivar o voto
em Aécio para governador e em Lula para presidente.