A fogueira tá queimando em homenagem a São João…”,
cantou Luiz Gonzaga. De acordo com a tradição católica, a fogueira
queimou, nas montanhas da Judeia, para anunciar o nascimento de João, no
dia 24 de junho. Foi a forma que sua mãe Isabel
encontrou para comunicar a chegada do filho à Maria, sua prima, que
também estava grávida e seis meses depois daria luz a Jesus.
“Como Maria, Isabel também engravidou contra todas as probabilidades.
Não era virgem, mas dizia-se que estava estéril e tinha idade avançada
quando concebeu o último filho. Ele se tornou um pregador e ficou
conhecido por batizar os gentios nas águas do Rio Jordão. [...] Para
ganhar de vez o apelido de `Batista´, realizou um feito capaz de fazer
inveja a qualquer outro santo: abençoou o próprio Jesus”.
Antes da evangelização da Europa, na Idade Média, as fogueiras eram
utilizadas em rituais pagãos, que celebravam a chegada do solstício de
verão no Hemisfério Norte. Como uma maneira de dar novo significado às
práticas pré-cristãs, a exemplo dos cultos solares e lunares
relacionados à vida agrícola, o dia 24 de junho foi incorporado ao
calendário cristão, como comemoração ao nascimento de São João Batista.