O
deputado federal Henrique Eduardo Alves, candidato ao governo pelo
PMDB, se encontra hoje numa situação bastante confortável em relação ao
pleito presidencial.Seu partido, o PMDB, apoia formalmente a reeleição da petista Dilma Rousseff. Nunca é demais lembrar que o vice de Dilma é Michel Temer, padrinho de Henrique na liderança do PMDB e na Presidência da Câmara dos Deputados.
Se der Aécio Neves (PSDB), Henrique tem acesso direto ao tucano. É amigo pessoal dele. Amizade de longa data, desde o tempo de Aécio na Câmara com direito a viagens de férias e tudo mais.
Se der Eduardo Campos (PSB), Henrique pode se valer da aliada Wilma de Faria, candidata ao Senado e com trânsito livre na cúpula do PSB. Além disto, o próprio Campos defendeu a aliança do PSB com o PMDB potiguar na última visita que fez ao Rio Grande do Norte.
Portanto, Henrique apoia Dilma, não tem nada contra Eduardo, e é amigão do Aécio.
Dos três principais presidenciáveis, eu acho que Henrique Alves vai se sentir mais à vontade com A écio Neves. Os dois são amigos do peito, volto a dizer.
Caso tenha alguma dificuldade de acesso ao ninho tucano, Henrique ainda pode se valer de dois novos liderados: José Agripino Maia, subcoordenador da campanha de Aécio Neves, e Rogério Marinho, líder estadual do PSDB.
Portanto, Henrique Eduardo Alves não pode reclamar de canais em Brasília. Afinal, governador de Estado nordestino não pode prescindir de apoio ao presidente da República, sejam quem for o eleito em outubro. Oposição ao Palácio do Planalto, jamais!
A pobre da Rosalba Ciarlini, única governadora do DEM, comeu o pão que o diabo amassou com o PT. Mas soube abrandar o discurso oposicionista para ficar bem com a presidente Dilma Rousseff. Chegou a dizer que até votaria na reeleição da petista.
Rosalba poderia ter conseguido muito mais recursos para o Rio Grande do Norte se fosse de um partido da base da presidente Dilma. Ninguém tem a menor dúvida disso.
