segunda-feira, 8 de setembro de 2014

ENSINO NO RGN É UMA VERGONHA ...

RN Fica em Penúltimo no Ideb

Betânia Ramaho acha que adesão ao projeto de tempo integral seria um dos caminhos para melhorar a qualidade da educação
A qualidade da educação referente ao ensino médio no Rio Grande do Norte ficou na penúltima colocação no ranking do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) do ano de 2013, atingindo a segunda pior nota no Brasil. Em comparação a outros estados brasileiros, o RN atingiu um índice de 2.7, ficando em 24º lugar e empatando com o Mato Grosso e Pará. 
O dado é inferior ao último teste realizado no RN em 2011, no qual o ensino médio atingiu 2.8 e ficou menor do que a  meta estabelecida para o estado, que é 3.5. O levantamento foi divulgado na tarde de ontem (5) pelo Governo Federal.
Sobre o resultado do Ideb no RN, a Secretária de Estado da Educação da Cultura  (SEEC), Betânia Ramalho afirmou que os índices negativos para o ensino médio eram esperados pelo Governo do Estado. Segundo a titular da pasta, das 290 escolas de ensino médio, apenas 50 participaram, o que representa um índice de 16,2% de participação. “Dentre estas 50, sete apresentam os piores índices de avaliação da rede e outras três se ausentaram do teste, o que também reflete no resultado. Essa não é uma desculpa, mas é algo importante a ser ressaltado”, disse.
A secretária de educação também   ressaltou que a conjuntura da Educação, com a falta constante de professores em sala de aula e defasagem no foco no ensino e aprendizagem, tornam-se reflexo dos números negativos do Ideb. “Os professores desaparecem da sala de aula, seja por doença ou outros motivos. Falta adoção de uma política mais austera na coordenação das escolas, também faltam famílias comprometidas em reforçar o que é passado nas escolas”, explica.
Outro fator apontado como agravante por Betânia Ramalho foi a migração gradativa de professores e alunos para a rede federal de ensino. “Os melhores alunos e professores foram transferidos da rede pública para federal. Isso causou muitos desequilíbrios. Há uma dificuldade na competição com rede federal, os professores encontram uma realidade completamente diferente, com salários melhores, além da dedicação exclusiva”, explica Betânia. Ela conclui: “uma solução seria a adesão de tempo integral nas escolas, essa é uma constatação antiga e evidente”.