Nós que gostamos de política muitas vezes agimos de forma irracional. O pior é que não nos damos conta disso.
Agimos como torcedores num estádio de futebol. Esquecemos a razão,
desligamos o cérebro, acionamos a intolerância e a ignorância. Ficamos
cegos e burros. Somente o nosso “time” está com a verdade. Somos
injustos. Fazemos uso de argumentos vazios. Descontextualizamos a fala
de nossos “adversários”.
Xingamos os que pensam de forma contrária. O diálogo propositivo é
esquecido, dando lugar as mais baixas ofensas pessoais. Os argumentos se
acabam, o pouco que nos resta desliza, se espatifa no chão da
ignorância. A baixaria começa.
Perdemos a compostura, o respeito pelo outro e por nós mesmos. A coisa
chega a níveis inimagináveis. No final, perdemos amigos e/ou colegas,
nos arrependemos. Não há vencedores neste embate. Ás vezes é tarde, bem
tarde.
Sabe o que é isso ? Paixão. E todas as paixões nos levam a cometer erros. A paixão política nem se fala.
Nelson Rodrigues dizia que: “nada mais cretino e mais cretinizante do
que a paixão política. É a única paixão sem grandeza, a única capaz de
imbecilizar o homem”.
Amigos, ofender não é debater. É mostrar ao mundo a nossa face mais mesquinha e vergonhosa.
Debater política é uma perigosa armadilha. E isso vale para qualquer discussão.
Nestes momentos de discussões acaloradas é fundamental parar e relembrar
que a civilidade é mais importante que qualquer preferência
política/ideológica.
A paz e o respeito devem reinar nos debates, seja sobre política ou qualquer outro tema.
É importante refletir, caso contrário até o próximo dia 26 de outubro mataremos nossas reputações.
Sem hipocrisia: é difícil aceitar/respeitar o oposto, o contrário. Mas vale a pena tentar.
Denor Ramos