A seca que atingiu o Nordeste foi devastadora para a
produção de castanha de caju. Em anos de pluviometria normal, esta mesma
região, responde por mais de 90% da produção brasileira.
Mas, segundo o último Levantamento Sistemático da
Produção Agrícola Brasileira (LSPA) do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística, em 2012 o Brasil irá produzir 87,7 mil toneladas de castanha, uma
queda de 62% frente à produção de 230,8 mil toneladas em 2011.
Proporcionalmente será a maior queda na safra
brasileira de castanha. Outras grandes quebras na produção ocorreram nos anos
de 1998 (-56,84%) e 2010 (-52,68%). Este ano, no estado do Piauí a queda já
chega a 80,5% da produção. No Rio Grande do Norte o IBGE aponta para uma
retração de 66,4% e no Ceará a queda será de 60,66%.
Como o LSPA é um levantamento preliminar, sendo
que os números finais só são fechados no início de 2013 quando o IBGE volta a
campo para fazer o levantamento da Produção Agrícola Municipal, é provável que
essa queda seja ainda maior, sobretudo no Rio Grande do Norte.
Porém, a região leste do estado ainda não está com
a safra encerrada e os números finais podem sofrer alterações. Todavia, sabe-se
que no RN os municípios mais atingidos foram Lagoa Nova e Serra do Mel, este último detém a maior área
cultivada de castanha do estado e a terceira maior do Brasil.