Os
novos prefeitos de algumas das principais cidades da chamada serra de Santana, eleitos
nas eleições 2012, começam a entrar numa “zona de desconforto” em
virtude das grandes expectativas geradas durante a campanha.
É que a grande maioria dos eleitos
ganhou eleição em cima do candidato adversário ser muito fragilizado e o discurso da “mudança”, do “novo”, não empolgou os eleitores que viam decepcionados com o desgaste administrativo e político do prefeitos que
estavam no cargo em busca da reeleição ou na tentativa de elegerem os
seus aliados.
Foi assim em Lagoa Nova, Cerro Corá,
Bodó, Santana dos Matos, São Vicente, Florânea e Tenente Laurentino, para citar
apenas estas das da Serra de Santa e do nosso Seridó Potiguar. Com certeza há outras
em igual situação em outras regiões.
Em todas estas cidades citadas, os
prefeitos iniciaram o governo denunciando as “desgraceiras” deixadas
pelo antecessores e pedindo a compreensão da população para terem um
tempo para “arrumar a casa” e superar a “herança maldita” recebida, (muitos receberan deles mesmos) – vale
ressaltar o grau de radicalização política entre os adversários nestes
municípios.
Chegando a oito meses de governo, a
população de Lagoa Nova, Cerro Corá, Santana dos Matos, Bodó, São Vicente, Florânea, e Tenente Laurentino, começa a se inquietar por não ver as expectativas,
geradas durante a campanha eleitoral, em ações efetivas que estejam de
fato mudando a sua vida.
Ora, esta situação, ou seja, a
incapacidade, seja por quais motivos forem, dos novos prefeitos ainda
não conseguirem mostrar efetivamente que estão fazendo de diferente dos
seus antecessores, acaba por despertar um sentimento no povo de que
poderia ter sido melhor ter elegido o adversário, no caso dos prefeitos que não poderiam mais concorrer à
reeleição.
Evidente que muitos desses novos
prefeitos realmente encontraram as cidades em estado calamidade, de fato
liquidadas, mas isso não justifica fecharem o ano de 2013 com o mesmo
chororô de sempre: de que “não tem dinheiro”, que encontraram a
prefeitura “quebrada” etc. A paciência do povo tem limite!
Não custa lembrar que todos estes prefeitos sabiam que não encontrariam um “céu” se chegassem ao poder municipal.
Logo, não cabe mais lastimarem pela “sorte”.
Já passa da hora de mostrar a que vieram...
E na sua cidade, o novo prefeito está melhor do que o antecessor?