quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

ELEIÇÕES 2014: O QUE ESTÁ POSTO HOJE, PODE NÃO SER AMANHÃ.


Na flacidez de nomes do PMDB para o Governo do Estado, embora o núcleo político-familiar Alves afirme e reafirme que terá candidatura própria em 2014, a vice-prefeita de Natal e ex-governadora Wilma de Faria (PSB) vai, com habilidade, ocupando os espaços da oposição.

Ao ir à televisão para lembrar ao telespectador- eleitor que o PSB sempre fez oposição ao governo Rosalba Ciarlini (DEM), a socialista desqualificou os outros partidos como sendo de oposição, que até pouco tempo estavam na base do governo, no caso PMDB e PR, e puxou para ela a bandeira de legítima adversária da governadora.

A socialista, no duro, está abrindo os braços para não ser engolida.

É que o PMDB iniciou costura para viabilizar o seu projeto, eliminando a participação do PSB de Wilma, que passou a ser o principal adversário do PT, aliados do PMDB, em nível nacional. Dessa forma, os Alves passaram a trabalhar a formação de uma chapa majoritária com o PMDB lançando candidato a governador; PT ao Senado, que seria a deputada Fátima Bezerra; e o PR, o vice-governador, com o nome de João Maia.

Sobraria para os aliados a formação de um chapão à Câmara dos Deputados, em que Wilma seria escalada. A socialista, como todos sabem – e ela não pede reservas –, deseja a disputa majoritária, de preferência o Senado Federal.

Daí, Wilma abriu uma dicotomização na oposição, levantando a bandeira de legítima adversária do Governo, como forma de construir um palanque onde o seu projeto seja a prioridade.

Dessa forma, é possível imaginar uma candidatura de Wilma ao Senado, com o vice-governador dissidente Robinson Faria (PSD) saindo a governador. Ou a própria Wilma candidata ao Executivo, como segunda hipótese, dependendo da avaliação do governo na hora das definições.

Concretizando-se essa hipótese, a sucessão estadual teria três palanques, com o PMDB dos Alves conduzindo a segunda alternativa da oposição e Rosalba candidata natural à reeleição.
Como se pode observar, a sucessão estadual navega em alto-mar, com altos e baixos, e ondas que podem alterar o seu rumo de acordo com os ventos do momento.

Há um mês, por exemplo, era dada como certa a candidatura única da oposição, com os Alves costurando um chapão. Agora, Wilma abriu novo caminho, oferecendo nova alternativa eleitoral. Daqui para frente, certamente, novos cenários se formarão, podendo se consolidar ou não.

O fato é que ainda tem muita onda para surfar, o que sugere que a sucessão estadual está completamente aberta. O que está posto hoje, pode não ser amanhã.