quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

QUANDO A PORTEIRA É FECHADA DIMINUI-SE OS ESTRAGOS


A governadora Rosalba Ciarlini (DEM) está isolada politicamente. Nem o presidente do seu partido, o senador José Agripino Maia, compõe a base do governo ou tem levantado voz para defender a gestão da democrata.
Mas, qual o motivo de tal isolamento?

Os ex-aliados, que fizeram a travessia para a oposição, reclamam que a governadora não escuta os amigos e companheiros.

Será que é isso mesmo? Ou há uma reação para a “porteira fechada”, estilo de governar de Rosalba Ciarlini?
Na primeira entrevista após a posse, em janeiro de 2011, a governadora deixou bem claro que administraria com os aliados, porém sem deixar a porteira aberta. Temia, com razão, que alguns açodados fizessem estragos com o bem público, como ocorreu nos 16 anos de governo de Garibaldi Filho (1995/2002) e Wilma de Faria (2003/2010).
Rosalba entendia, como de fato entende, que para ser parceiro não precisa ter nas mãos a chave do cofre, pois essa responsabilidade é do governante. Ademais, o parceiro deve ser sempre um colaborador fiel do sistema de governo, nunca criando ou impondo o seu próprio estilo.

Pois bem…
Rosalba teve a coragem de mudar a história político-administrativa do Rio Grande do Norte, não permitindo que o Estado continuasse dividido em “capitanias hereditárias”, com cada partido parceiro mandando no seu “pedaço”, em detrimento do bem público.

Foi uma decisão corajosa, mesmo consciente da reação das elites. Agora, a governadora enfrenta uma oposição irada, formada por agentes determinados a inviabilizar a gestão estadual, trabalhando em várias frentes de combate ao governo. Usam mídia, sindicatos, outros poderes e exércitos numa frente de ataque nunca antes vista na história deste Estado.

O próximo passo dessa estratégia, já identificada nos bastidores, é preparar uma equipe de construtores amigos para tentar inviabilizar as obras do RN Sustentável, como forma de o Governo não ganhar fôlego com os 34 milhões de dólares do programa.

Qual seria a tática: as construtoras escaladas comprariam os editais de licitação das obras com propósito de questioná-las na Justiça, e, assim, evitar que as concorrências públicas sejam concluídas e as obras iniciadas.

Se é verdade, trata-se de um jogo sujo, desprezível e agressivo ao desenvolvimento do RN e do seu povo.

Cabe, então, a própria população acompanhar de perto o processo de licitação das obras do RN Sustentável para identificar, se for o caso, os agentes que tentarão inviabilizar o importante programa. Isso é inadmissível.
 
Fonte: Cesar Santos