O
presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB),
busca convencer Robinson Faria (PSD) a desistir da candidatura ao
governo e se juntar ao bloco do W.O. - como vem sendo chamada a coalizão de partidos montada pelo líder do PMDB.
Henrique tem oferecido a Robinson um prêmio de consolação tentador: a presidência da Assembleia Legislativa, que o vice-governador ocupou ao longo de quase oito anos.
Só que Henrique pode estar vendendo a Robinson uma mercadoria que não deve ou não pode entregar. Outros dois políticos aliados a Henrique têm interesse na honrosa função.
O primeiro da fila é o atual presidente da casa, deputado Ricardo Motta, dirigente do PROS.
Motta deverá sair do pleito deste ano muito mais cacifado, afinal, deverá eleger o jovem vereador de Natal, Rafael Motta, para deputado federal. E a manutenção do mandato de presidente da AL está nos planos de Ricardo Motta, que já exerce seu segundo biênio.
Eu soube que Henrique também prometeu a Ricardo Motta o apoio para que o político do PROS permaneça na presidência da Assembleia Legislativa.
Além de Ricardo Motta, o deputado estadual Walter Alves (PMDB) também deseja presidir o legislativo estadual.
Walter tinha um acordo com Motta e Robinson Faria para assumir a presidência da AL no segundo período da atual legislatura, mas foi surpreendido pela volta da reeleição e a manutenção de Ricardo Motta no comando do legislativo. Walter aguarda sua vez. O ministro Garibaldi Filho (Previdência) tem grande interesse também no assunto.
Portanto, Robinson Faria pode estar comprando gato por lebre se o assunto é a Presidência da Assembleia Legislativa. A fila anda. E Henrique Alves não pode vender uma mercadoria que ainda não tem em mãos ou ainda não possui os recursos para comprá-la. O mercado da eleição anda agitado.