Djalma Maranhão foi eleito prefeito de Natal em 1960 |
A
votação que cassou os mandatos de Djalma Maranhão e Luís Gonzaga
completa 50 anos em 2014. "Os 21 vereadores fizeram um documento na
época em que diziam não ocorrido pressão para votar pelo impeachment,
quando todos sabiam que havia influência dos militares. Foi uma grande
mentira, uma farsa que se montou", explica George Câmara.
Djalma Maranhão com o ex-presidente Café Filho (Foto: Roberto Monte |
O
projeto também foi elaborado em data simbólica, 13 de dezembro do ano
passado, data que marcou os 45 anos da instituição do AI-5, como ficou
conhecido o ato institucional do governo Costa e Silva que endureceu o
regime militar no Brasil.
O texto da lei considera as cassações aprovadas em 1964, ano em que ocorreu o Golpe Militar no Brasil, como "atos antidemocráticos e injustos". De acordo com a lei, como forma de corrigir a "injustiça histórica", os nomes dos dois serão inscritos nos anais da Câmara Municipal e da prefeitura como "dignos representantes dos cidadãos natalenses".
O texto da lei considera as cassações aprovadas em 1964, ano em que ocorreu o Golpe Militar no Brasil, como "atos antidemocráticos e injustos". De acordo com a lei, como forma de corrigir a "injustiça histórica", os nomes dos dois serão inscritos nos anais da Câmara Municipal e da prefeitura como "dignos representantes dos cidadãos natalenses".
Além disso, a
Casa Legislativa fará a entrega “in memoriam” dos diplomas a Djalma
Maranhão e Luís Gonzaga, "devolvendo de forma simbólica seus mandatos,
eleitos de forma democrática pelo voto do povo", diz o texto da lei. No
Palácio Felipe Camarão, onde funciona a Prefeitura de Natal, será fixada
ainda uma placa de metal com os nomes do ex-prefeito e vice-prefeito.
De Pé no Chão, Também se Aprende a Ler:
Djalma ficou conhecido pelo projeto 'De Pé no Chão Também se Aprende a Ler (Foto: Roberto Monte |
Professor de
Educação Física e jornalista, Djalma Maranhão militou no Partido
Comunista até a década de 1940 e também integrou o Partido Trabalhista
Nacional (PTN) e o Partido Socialista Brasileiro (PSB). Foi eleito
deputado estadual e depois chegou ao cargo de prefeito de Natal em duas
ocasiões. Uma delas nomeado pelo então governador Dinarte Mariz e em
1960 por eleição.
O governo de Djalma ficou conhecido pela campanha "De Pé no Chão, Também se Aprende a Ler", política educacional para alfabetizar crianças em Natal. Equipes de professores visitavam os bairros de periferia para realizar o trabalho. Em 1964, com o golpe que colocou os militares no poder, o prefeito foi cassado e preso. Djalma Maranhão ficou custodiado em Natal, e posteriormente em Fernando de Noronha e Recife. No mesmo ano, o professor e jornalista pediu exílio político e foi morar em Montevidéu, no Uruguai, onde faleceu em 1971 por insuficiência cardíaca aos 56 anos
O governo de Djalma ficou conhecido pela campanha "De Pé no Chão, Também se Aprende a Ler", política educacional para alfabetizar crianças em Natal. Equipes de professores visitavam os bairros de periferia para realizar o trabalho. Em 1964, com o golpe que colocou os militares no poder, o prefeito foi cassado e preso. Djalma Maranhão ficou custodiado em Natal, e posteriormente em Fernando de Noronha e Recife. No mesmo ano, o professor e jornalista pediu exílio político e foi morar em Montevidéu, no Uruguai, onde faleceu em 1971 por insuficiência cardíaca aos 56 anos