Fala-se muito em compra de votos,
políticos desonestos e punição para quem comete crimes eleitorais e
outros delitos do gênero. Ninguém de bom senso e minimamente coerente
desconhece a existência dessas anomalias na política brasileira e que os agentes públicos flagrados no erro devem ser punidos com o rigor da lei.
Entretanto, ninguém fala que o eleitor comete os mesmos crimes e igualmente tem que ser exemplarmente punido.
Quantos eleitores foram presos por vender o seu voto?. Não temos
conhecimento. O mais comum, pois, é a venda, que acontece em toda
eleição. E o mais grave é que a prática delituosa verifica-se
predominantemente entre os que elegem os governantes que é a faixa da
população situada nas chamadas classes menos favorecidas.
A Justiça Eleitoral tem feito um bom trabalho visando melhorar esse cenário de degradação das eleições, mas esbarra nas limitações materiais e de pessoal para
realizar uma fiscalização mais efetiva. Em razão disso, a compra e
venda de votos continuam e deve perdurar por muito tempo
descaracterizando o processo eleitoral que é a essência da democracia.
Se não tem dinheiro não ganha eleição ou melhor: não compra votos.
Isso é em todas as localidades deste Brasil de pai preto e mãe Joana.
Jornal de Hoje