O cantor já viu algumas de suas músicas fazendo sucesso na
voz de artistas consagrados. Sofrência: não consta no dicionário nacional, mas
o neologismo virou termo constante no vocabulário dos brasileiros. Na cultura
popular, a palavra é um misto de sofrimento e carência no ritmo do arrocha e
está diretamente relacionada a um artista com mais de 20 anos de carreira:
Pablo. O cantor já viu algumas de suas músicas fazendo sucesso na voz de
artistas consagrados, gravou nove CD’s e depois de tanto tempo na estrada,
chegou a hora de ser o protagonista. “A gente vem de uma trajetória de 20 anos
de carreira. Eu já passei por vários grupos, desde a época do Asas Livres e
grupo Arrocha e hoje estou em carreira solo. O trabalho está sendo bem
conceituado e até me patentearam de o “rei da sofrência” e isso é bem bacana”,
disse Pablo. Pablo contou, ainda, que é o “título” vai ao encontro do estilo
das músicas cantadas por ele. “A sofrência eu acho que é pelo fato de cantar o
amor. Cada música que eu canto, eu canto de dentro do coração. A cada música eu
canto como se eu passando por aquela determinada situação”, falou. Falando em
passar pela situação, o cantor disse que nunca sofreu por amor. “Eu não sei se
eu posso dizer que sofri por amor. Aquela coisa de adolescência, namorinho
besta, mas eu casei com 15 anos de idade, então estou com minha esposa há 20
anos. Eu nunca sofri, não chamo aquela época de adolescência de sofrer de
amor”. Sobre os boatos de separação, Pablo negou o fato. “É conversa, é boato.
Como eu falei, tenho 15 anos de casado e a cada boato negativo que surge, eu me
apego mais a minha família, porque a família é a base de tudo”. Pablo falou,
também, sobre as perspectivas para a carreira. “Eu nunca quis muita coisa. Eu
sempre quis que Deus me abençoasse e eu conseguisse colocar meu pão na mesa. Eu
acho que eu tenho mais do que mereço e o que vier lá na frente é consequência
do meu trabalho. As coisas vão acontecer naturalmente”, completou. Pablo nasceu
em Candeias, interior da Bahia, como Agenor Apolinário dos Santos Filho, mas
foi rebatizado na infância por um fã, que o nomeou de Pablo. O cantor começou a
cantar aos seis anos com o pai que era seresteiro. Entre as músicas de sucesso
gravadas por outros artistas, destacam-se “Amor de Sobremesa” pela banda
Cheiro, “Fui Fiel” por Luan Santana, “Vingança do Amor” pela conterrânea Ivete
Sangalo e outras. Já os ritmos gravados pelo próprio cantor e que figuraram no
primeiro lugar nas rádios das regiões Norte e Nordeste estão “Porque Homem não
Chora” e “Bilu Bilu”.