Uma tarde/noite de triste memória para o Legislativo Potiguar.
É o que se pode dizer deste 1º de fevereiro na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte.
O regimento da Casa determina que logo
após a sessão especial de posse dos deputados eleitos em outubro seja
realizada uma nova sessão para eleição da nova mesa diretora da Casa.
Apontado como favorito até duas semanas
atrás, o deputado Ricardo Motta, que está no comando do Legislativo há
quatro anos, conhece bem o regimento. Mas resolveu interpretá-lo à sua
maneira.
Encerrou a sessão de posse e não convocou a sessão extraordinária de eleição da mesa.
Aliás, adiou a sessão de votação para
amanhã, às 10 horas, mesmo horário em que está marcada a sessão solene
de leitura da mensagem do governador Robinson Faria.
A decisão surpreendeu a todos e foi
criticada até por apoiadores da candidatura de Ricardo Motta à reeleição
como presidente da Assembleia.
A palavra que mais se ouve na Casa é “golpe”.
Alguns alegam que Ricardo Motta não é mais presidente da Assembleia e, portanto, não tem como presidir a sessão de amanhã.
Outros alegam que a Constituição Estadual permite a eleição da Mesa no mesmo dia da leitura da mensagem do governador.
Golpe ou não, a tarde/noite de 1 de
fevereiro de 2015 vai entrar para a história como um dos mais tristes
episódios vividos no Palácio José Augusto.
Será lembrado como a tarde/noite em que um presidente-candidato-derrotado adiou a votação para tentar se manter no poder.
Que papelão!
Que coisa feia, deputado!