segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Brasil é país com mais carros blindados no mundo; saiba como manter um



Mais um título incômodo para o Brasil: o país ultrapassou Estados Unidos e México e tem mais de 160 mil carros blindados em sua frota -- líder mundial, segundo s Associação Brasileira de Blindagem.
Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, foram 278 mil nos últimos quatro anos -- ajudam a explicar a proliferação de modelos com proteção balística nas ruas.

Em 2017, o segmento deve ter "crescimento entre 15% a 20%", aponta o engenheiro Glauco Splendore, especialista em blindagem veicular, elevando o total a quase 200 mil. Há 20 anos, o país tinha menos de 400 carros blindados.

Blindagem é um processo caro e delicado. O preço médio do serviço é de R$ 57 mil -- valor de um compacto de entrada zero-quilômetro e bem equipado -- para procedimentos mais rápidos. Em outros casos, o valor pode ser equivalente ao de um sedã médio, entre R$ 80 mil e R$ 100 mil. 

Assim, são preceitos básicos: obter referências da blindadora, saber se ela tem as certificações e segue as normas exigidas pelo Exército Brasileiro, conferir o material utilizado e o acabamento interno, conhecer o sistema de testes, obter garantias de que itens como vidros, portas, ar-condicionado e comandos do veículo estão funcionando perfeitamente após o processo.

"Se houve uma falha na blindagem, por mínima que seja já não há garantia da proteção", ressalta Splendore.

Muita gente acaba preferindo um blindado usado, com até três anos de uso, uma vez que o preço costuma ser 50% menor que o do blindado original do mesmo modelo. Neste caso, temos mais dicas -- algumas delas valem também para um blindado novo: 

1. Idade e quilometragem

Por receber um acréscimo de 50 a até 200 quilos, um blindado apresenta maior desgaste de componentes como as suspensões, além de alterações na distribuição de peso. Por isso, não é aconselhável comprar um exemplar acima de três anos de uso ou com quilometragem muito alta.

2. Bateu?

Se o blindado passa por um acidente e é consertado em local não especializado, pode ter itens da blindagem remontados de forma incorreta. Neste caso, aconselha-se procurar um especialista, que removerá forros de porta, teto e porta-malas a fim de uma avaliação mais precisa.

3. Data de validade

Para evitar prejuízo e surpresas desagradáveis, é muito importante conferir se a blindagem está dentro da validade. Verifique ainda se os vidros não têm delaminação, se as chapas e mantas das portas estão no lugar, e se motor, suspensões, amortecedores e máquinas de vidro, fechaduras e maçanetas funcionam normalmente.

4. Manutenção frequente

Um blindado exige manutenção preventiva mais frequente do que um veículo original, devido às já referidas mudanças no peso e em sua distribuição. O cuidado adequado evita troca precoce de peças como amortecedores da máquina de vidro.

5. Cuidado maior

Preocupações extras incluem: não deixar o veículo no sol, pois o aumento da temperatura acelera a delaminação dos vidros e estes, por serem mais grossos, deixam o interior mais quente e potencializam danos a componentes internos; e não bater a porta do carro com o vidro aberto, pois ele pode quebrar. O custo de reparo só de um vidro varia de R$ 3 mil a até R$ 7 mil.