quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

POLÍCIA PRENDE PRESIDENTE DE HONRA DA BEIJA-FLOR.

Rio – Quase um mês depois de uma grande operação montada para prender chefões do bicho, o contraventor Aniz Abraão David, o Anísio da Beija-Flor, foi preso por agentes da Corregedoria de Polícia nesta quarta-feira, em frente a um laboratório de análises clínicas, na Rua Joaquim Nabuco, esquina com Avenida Atlântica, em Copacabana, na Zona Sul. Ele era considerado foragido desde a Operação Dedo de Deus, deflagrada no dia 15 de dezembro, e foi preso por determinação do desembargador Paulo Rangel, da 3ª Câmara do Tribunal de Justiça do Rio.
Aniz Abraão David chegando à delegacia no Rio de Janeiro
O desembargador derrubou os habeas corpus concedidos em caráter liminar em dezembro pelo colega Sidney Rosa da Silva, da 7ª Câmara Criminal, a Anísio e também a Hélio de Oliveira, o Helinho da Grande Rio, ambos suspeitos de envolvimento com o jogo do bicho. A Polícia Civil ainda busca outros sete bicheiros foragidos, entre eles Helinho e Luiz Pacheco Drummond, o Luizinho Drummond, da Imperatriz Leopoldinense. Junto com Anísio, no momento da prisão, estavam o policial civil da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) Pedro Cardoso de Almeida e o aposentado Maurício de Oliveira. Com eles, foram encontrados R$ 7 mil e US$ 180. O policial Pedro de Almeida é irmão de Paulo de Almeida, da Liga das Escolas de Samba (Liesa).
Em dezembro, a contravenção no Rio sofreu um golpe após a Operação Dedo de Deus, da Polícia Civil e do Ministério Público estadual, que prendeu 44 pessoas. Anísio era um dos alvos, mas não foi localizado na ocasião. A ação para tentar capturar o contraventor teve direito a cenas de cinema: para chegar à cobertura do bicheiro, que é patrono da Beija-Flor, em plena Avenida Atlântica, em Copacabana, policiais desceram de helicóptero fazendo rapel. As prisões foram em municípios fluminenses e também em Recife, Salvador e São Luís. Entre os que foram presos na ocasião, estava o ex-prefeito de Teresópolis Mário de Oliveira Tricano, dois policiais militares e um guarda municipal. O objetivo da operação Dedo de Deus foi desarticular uma quadrilha de contraventores que, para melhorar os negócios, investiu em tecnologia, utilizando máquinas de anotação eletrônica do jogo do bicho.