domingo, 30 de outubro de 2011

PMDB DE LAGOA NOVA VIVE UM DILEMA SÓ.


Não é fácil viver politizando, principalmente quando um grupo não tem interesse em mobilizar sua comunidade. Aqui em Lagoa Nova um grupo de filiados do PMDB a ter que tentaram mostrar a saída para uma grande mobilização quando se falava em erguer novamente o partido. Lourival Adão e outros companheiros peemedebistas se reunião com certa frequência, afim de que se formassem um grupo político organizado e que tenha diretório e voz no Diretório Estadual.
Nas reuniões os interesses em buscar soluções para a morbidade do partido na cidade eram imensos. Muitos filiados que já morreram ou que não tem o mínimo de interesse em somar bons frutos ao partido municipal ainda se encontram numa lista, não muito atualizada, mas é a bússola que tem guiado o grupo.

A falta de organização e o descaso que se encontra o partido são preocupantes. Um partido que há poucos dias apresentavam em um congresso estadual, projetos de desenvolvimento político dos seus filiados não mostra a sua cara nessa cidade, partido este que já elegeu muitos em anos anteriores, pois os nomes do momento a mais de dez anos era Garibaldi e Henrique. Um PMDB que se ergueu em torno da novidade da época, adutora da serra de Santana, que garantiu a vitória do então Governador Garibaldi na sua reeleição para Governo do Estado e anos depois para muitos que estivessem sob seu amparo político. Não que Garibaldi agiu de má fé, longe disso, mas outros usaram seu prestígio pra se erguer politicamente, Lagoa Nova não escapou desse “fenômeno” na eleição do ano 2000.

Anos depois, eleições para Governo de 2002, começou o plano de sufocamento, cada um com seus argumentos esqueceram-se do partido, que iria mudar de mãos em pouco tempo. Não demoraria muito tempo para o golpe final, de misericórdia. Eleições municipais de 2004, um acordão é tramado apenas por um grupo familiar, ignorando os verdadeiros militares deste o partido não consegue respirar e é sufocado e humilhado por uma derrota imposta por mais de  mil e seiscentos votos pelo seu carrasco o atual prefeito desta cidade, mas parece-me que  agora é definitivo, quem acabar de vez.

Os anos seguintes foram de desmoronamento partidário, muitos pularam fora do partido. Quem ficou fez o quê? Transformou o partido num objeto pessoal e de uso intransferível.

Eleições de 2006, a vergonha. Um povo que sofreu muito tempo com a falta d’água, anos e anos sem água se esqueceu de agradecer, mas o que está em foco são o coronelismo e o voto de cabresto. Na última eleição, de 2008, o Diretório Estadual esqueceu que aqui ainda tinha um candidato a vice-prefeito e vários candidatos a vereador, estes que foram esquecidos e jogados a sorte, enquanto isso os outros partidos permaneciam unidos e fortes. O PMDB lagoa novense mostrava mais uma vez a realidade de sua administração, se é que realmente era administrado. Terminando assim as eleições, o partido não soma mais para votos para a majoritária, uma vergonha horrorosa para este que domina os ministérios, as câmaras, as assembleias e Congresso Nacional desse país. Fragilizado, esquecido e abandonado definiria a situação deste que já foi o maior partido dessa cidade. O objetivo do agrupamento de pessoas mobilizadas, que aconteceu durante os últimos três meses teriam um rumo certo: formar um diretório, educar politicamente e fortalecer a comunidade. Um grupo unido que não cruzassem os braços e aceite tudo de cima para baixo, como é feito atualmente em todos os segmentos da nossa cidade.

Apesar da falta de educação política de uma parcela da população, o povo de Lagoa Nova é merecedor de muitas conquistas já alcançadas. Terra de São Francisco, hoje seu progresso é conquistado em torno da ganância e da visão de marqueteiros políticos que não entendem que o povo dessa cidade precisa de desenvolvimento humano. Nessas horas uma frase de Paulo Francis define bem a situação: “A ignorância é a maior multinacional do mundo”.